São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996 |
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Clube Militar discute decisão
WILSON TOSTA
O pagamento das indenizações foi decidido na semana passada pela Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça. A discussão envolverá os membros do Conselho de Administração do Clube Militar, convocados para uma reunião a partir das 17h. A entidade também chamou para o encontro dirigentes dos Clube Naval e de Aeronáutica. Os três publicaram, no fim-de-semana, nota com críticas à indenização. Uma das possibilidades, disse o presidente da entidade, general da reserva Hélio Ibiapina Lima, é o Clube Militar apoiar famílias de vítimas dos guerrilheiros em processos contra os parentes de Lamarca e Marighella, exigindo indenizações pelos atos dos militantes. "O Código Civil Brasileiro manda que o autor ou os herdeiros do autor sejam responsáveis por todos os prejuízos causados pelo autor", afirmou Ibiapina. O apoio, segundo o general, poderia incluir o pagamento de advogados que acionariam a Justiça. Segundo Ibiapina, a indignação dos associados do Clube Militar, que reúne militares da reserva (a maioria) e da ativa das três Forças Armadas "é violenta". Muitos têm mandado cartas ou telefonado, pedindo providências, disse. Mas, segundo presidente do Clube Militar, a entidade se manterá "absolutamente dentro da lei". Texto Anterior: Mulher de Lamarca deve ser exumada Próximo Texto: Guerrilheiro terá missa ortodoxa Índice |
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