São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996
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Educadores fazem críticas

DA REPORTAGEM LOCAL

Os educadores criticam a forma como a área "Convívio e Ética" está sendo abordada.
"Da forma como essa área está sendo colocada, ela vai acabar virando uma disciplina. Precisa desmistificar essa discussão para ela realmente entrar no currículo de forma transversal", afirma Bernadete Gatti, coordenadora do Departamento de Pesquisas da Fundação Carlos Chagas.
"Transversal" significa que os conteúdos de Convivência Social e Ética devem ser distribuídos nas outras disciplinas, como ciências e história.
Essa é a idéia do próprio MEC. No entanto, há tanto material produzido em torno do tema que daria para compor um livro didático só para essa área.
As discussões regionais estão sendo promovidas pela Câmara de Educação Básica do CNE, que é a instância que deve aprovar esses parâmetros até o final do ano.
Ontem, no auditório da Casa Caetano de Campos (centro de São Paulo), mais de 500 especialistas e dirigentes educacionais -entre eles o ministro Paulo Renato Souza- realizaram um debate bastante rico em torno das propostas.
Consenso
Há uma espécie de consenso de que os parâmetros curriculares são bem elaborados e incorporam algumas das idéias mais atuais em termos de didática e ensino.
A maioria das divergências surge em torno de questões práticas ou muito específicas.
A crítica mais geral, formulada desde o ano passado, é que em um país com as dimensões e diversidade cultural do Brasil não faz sentido ter um currículo único.

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