São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996
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Assassinato de brasileira em NY completa 1 ano sem pistas

Grupo de amigos deposita flores no Central Park e faz oração

PATRICIA DECIA
DE NOVA YORK

Hoje faz um ano que a brasileira Maria Isabel Monteiro Alves foi assassinada, aos 44 anos, no Central Park, em Nova York (EUA).
Um grupo de amigos fará uma cerimônia religiosa por volta das 12h no local onde o corpo da vendedora foi encontrado.
A pedido da mãe de Maria Isabel, Lídia Pinto Machado, uma coroa de flores será depositada no local. Além disso, o padre Checon, um brasileiro que foi vice-reitor da PUC do Rio e hoje lidera uma igreja no Queens, fará uma oração. Nenhum dos familiares da vendedora deve comparecer.
Maria Isabel foi encontrada morta por duas pessoas que corriam no Central Park por volta das 9h do dia 17 de setembro de 95. O corpo estava próxima ao arco Huddlestone, na altura da rua 106. Ela tinha vários ferimentos na cabeça e seus shorts estavam nos joelhos.
A morte de Maria Isabel mobilizou a polícia de Nova York. Dias após o assassinato foi estabelecida a maior recompensa da história em Nova York para quem desse alguma pista que levasse ao culpado do crime: US$ 63 mil.
Apesar do grande esquema de investigação policial, até hoje não se sabe quem cometeu o crime.
Menos de uma semana após o assassinato, um mendigo foi detido pela polícia como o principal suspeito. Ele foi liberado após um exame de DNA que mostrou que o sangue encontrado nas roupas do mendigo não era da brasileira.
Maria Isabel nasceu em Portugal, mas morou muitos anos no Rio de Janeiro, onde sua família ainda está. Ela estava sozinha em Nova York e trabalhava como vendedora em uma loja de sapatos na avenida Madison.
A brasileira tinha como hábito fazer jogging no Central Park entre as 4h30 e as 5h. Segundo a polícia, foi durante uma corrida que ela foi atacada sexualmente e morta.

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