São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996
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Bloomberg prevê que o jornal do futuro será de tecido e eletrônico

Previsão é do presidente de agência que fatura US$ 900 mi

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em poucos anos, as pessoas nem precisarão mais abrir a porta das suas casas para pegar o jornal pela manhã, como fazem hoje.
Os jornais serão feitos de tecido no qual estarão inseridos chips de computador, que serão continuamente abastecidos de textos e ilustrações, inclusive fotos.
Quando um leitor quiser ler as notícias que hoje são impressas na primeira página do jornal, vai pressionar determinada região desse jornal "eletrônico".
Com essas mudanças, o leitor vai poder continuar lendo (ou relendo) o que quiser no jornal, onde e quando quiser, e passará a ter acesso às notícias assim que elas forem escritas pelos jornalistas.
O autor dessas previsões é Michael Bloomberg, 54, da agência Bloomberg, que participou ontem do seminário Maximídia 96.
Em 13 anos, ele montou um grupo que fatura cerca de US$ 900 milhões ao ano, com base num serviço informatizado de informações financeiras, com 63 mil clientes em mais de 100 países.
Para ele, a televisão também vai incorporar cada vez mais recursos de computador, mas os anunciantes terão de alterar a forma como fazem publicidade na TV porque novas tecnologias (a começar pelo controle remoto) estão fazendo com que o espectador assista menos comerciais.
Bloomberg se mostrou cético sobre o uso comercial da Internet. Uma razão seria a preferência de milhões de consumidores de terem contato com pessoas ao fazerem suas compras.

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