São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996
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Palmeiras adia para hoje a apresentação de Viola

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O sumiço do atacante Viola, pela manhã, e problemas na assinatura do contrato, à tarde, cancelaram a apresentação do jogador, marcada para ontem.
Foi adiada para hoje a apresentação oficial da nova contratação palmeirense, provavelmente à tarde, no mesmo local: a sala de troféus do Parque Antarctica.
O ex-corintiano deveria ter feito os exames médicos ontem de manhã, mas não o fez.
Até as 11h30, o médico palmeirense Marco Antonio Ambrosio ainda não sabia onde estava o jogador, disse o diretor profissional de futebol, Sebastião Lapolla.
Ao meio-dia, ainda segundo Lapolla, Ambrósio foi até a sede paulistana da Parmalat tentar achar o jogador e levá-lo para fazer os exames, mas não conseguiu.
Impasse
No início da tarde, o atacante, seu procurador, Vando de Melo, e o diretor de esportes da Parmalat, José Carlos Brunoro, reuniram-se para discutir os valores do novo contrato.
A reunião demorou mais do que o previsto, mas chegou-se a um acordo, segundo Lapolla.
O valor não foi divulgado, mas o teto salarial do Palmeiras é de R$ 60 mil mensais.
Por causa da demora, os exames médicos, que já haviam sido transferidos para a tarde, foram atrasados em mais algumas horas.
O local também foi mudado. Inicialmente, haviam sido programados para o Hospital e Maternidade Santa Catarina, mas foram transferidos para o Hospital Samaritano, ambos na região central de São Paulo.
Silêncio
Ao chegar, por volta das 18h30, Viola recusou-se a dar declarações.
O jogador submeteu-se a exames radiológicos, para verificar se ele possui algum problema físico que não seja evidente.
No final da tarde, o gerente de esportes da Parmalat, Vicenzo Roma, declarou a uma rádio que "alguma coisa pegou" na discussão do contrato. "Ainda não sei o que é", finalizou.
Esse foi o segundo incidente entre Viola e o parceria Palmeiras-Parmalat, que o contratou, por US$ 5,5 milhões, junto ao Valencia, da Espanha.
Ele já havia chegado a São Paulo no domingo de manhã, um dia antes do que havia combinado com os dirigentes.
Desde então, tem evitado dar declaração, afirmando que só falará na entrevista coletiva, marcada para ontem, cancelada, e remarcada para hoje.

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