São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996
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Clima jazzy leva ao tédio

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DO ENVIADO ESPECIAL

Em "Malásia", Djavan joga-se com entusiasmo em sopros e improvisos jazzísticos, com resultado pouco pop, inclinado à pasmaceira instrumental. Só se salva do tédio quando escorrega do jazz ao blues, em "Nem Um Dia" ou "Malásia".
O clima só muda em "Coração Leviano", que encara com reverência as versões de Clara Nunes e do autor Paulinho da Viola.
O brilho das regravações oculta certo declínio poético de Djavan -suas letras atuais repetem clichês que o próprio artista já esgotou.
O pior está no encarte, em flagrantes de desprezo à língua: "sêca" substitui "seca", grafa-se "relacha" em vez de "relaxa", "vidas se anula" em vez de "vidas se anulam". Um poeta não deveria permitir.
(PAS)

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