São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 1996 |
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'É uma provocação', acusa MST
GEORGE ALONSO
Para o MST, o ministro quis "dar uma demonstração de força" em uma espécie de "braço-de-ferro" que trava com a entidade com o objetivo de desmoralizá-la diante da opinião pública, ao tentar passar imagem de intransigência por parte dos sem-terra. O comando do MST alega que só uma das sedes do Incra no país permanece ocupada por sem-terra (a de Marabá, em função da impunidade para os responsáveis pelo massacre de Eldorado dos Carajás) e que a entidade sempre negociou com dirigentes do Incra, "cobrando compromissos assumidos". A demissão de Abeche, segundo os sem-terra, é uma tentativa de culpar o MST pelo fracasso da meta do governo, de assentar 60 mil famílias neste ano. Em nota oficial, a direção estadual da entidade diz que Jungmann demonstra "não querer a reforma agrária". Segundo o MST, que invadiu fazendas na região, a tensão no Pontal resulta do armamento dos fazendeiros, "com conivência da polícia", e que o MST procurou Abeche com a intenção de "buscar uma solução pacífica". A nota diz ainda que a demissão de Abeche revela "a truculência e o despreparo do ministro para o cargo". Para o MST, "o ministro precisa parar de tagarelar e começar a trabalhar." Texto Anterior: Sem-terra suspendem trégua no Pontal Próximo Texto: Governo Covas tenta "enquadrar" o MST paulista Índice |
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