São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 1996 |
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Empresário prevê 'boom'
RUBENS BERTOLOTTO
Essa é a conclusão de Carlos Antônio Palmares, empresário, entre outros, do atacante Muller. "Cada vez mais o jogador de futebol vai depender dos empresários para definir sua carreira", afirma. Palmares começou a assessorar atletas em 89, quando Raí, recém-transferido do Botafogo ao São Paulo, o procurou na imobiliária em que trabalha para comprar uma casa. Ganhou a confiança do jogador, que divulgou seu nome para outros atletas. (RB) Folha - Como você imagina que ficará o mercado de atletas em 97? Carlos A. Palmares - Os jogadores de seleção brasileira não vão ter muito problema. E os outros? Tem muito atleta com 28, 29, 30 anos que não vai encontrar clube para jogar. Folha - Esses vão precisar dos empresários? Palmares - Não vai faltar serviço para nós. Acho que muitos novos empresários vão surgir. E os que já estão na praça vão acumular ainda mais trabalho. Folha - Os jogadores de maior renome não poderiam prescindir dos empresários e negociar sozinhos suas transferências? Palmares - Alguns teriam capacidade. Mas eles não querem se desgastar com os dirigentes, em dias e dias de negociação. Se os jogadores negociassem, os dirigentes iriam utilizar muito o lado emocional para convencer o jogador a aceitar a proposta deles. Com o empresário, tudo fica mais frio. Folha - Como um empresário forma uma clientela de jogadores? Palmares - Funciona na base da confiança. Se você for honesto com um jogador, ele veicula seu nome. Texto Anterior: 'Manager' tem sociedade em 48 passes Próximo Texto: Parreira 'ressuscita' tática de Zagallo pela vaga Índice |
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