São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 1996
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Muçulmano foi preso político

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O atual presidente da Bósnia, Alija Izetbegovic, 71, passou toda a sua vida defendendo a causa muçulmana dentro do regime comunista da antiga Iugoslávia.
Por se opor ao comunismo e pregar o islamismo, foi preso e condenado por duas vezes.
Em 1946, foi sentenciado a três anos de prisão por participar da organização ilegal Jovens Muçulmanos. Em 1983, foi novamente preso e condenado por escrever a "Declaração Islâmica", em que critica a secularização da sociedade e pede que sejam aceitos preceitos islâmicos como leis.
Depois de sair da prisão, fundou o Partido da Ação Democrática, vitorioso nas primeiras eleições da Bósnia. Assumiu a Presidência depois da renúncia de Fikret Abdic, que apoiou os sérvios na guerra.
Advogado autodidata, nascido no dia 8 de agosto de 1925, em Bosanski Samac (norte da Bósnia), foi acusado de "extremamente ingênuo" ao declarar a independência do país, em abril de 1992.
Liderou o governo bósnio em toda a guerra civil e continuou em Sarajevo (capital) mesmo durante o sítio dos sérvios à cidade.

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