São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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'Fiz o documento a pedido da Globo'

DA REPORTAGEM LOCAL

A diretora do cartório da 1ª Zona Eleitoral, Maria Aparecida Dias F. Lima de Oliveira, disse ontem que entregou o documento solicitado pela Rede Globo porque, "até a hora que escrevi o ofício, as duas representações dos partidos ainda não tinham entrado no cartório".
"Fiz o documento a pedido da Rede Globo porque eles sempre foram corretos com a gente", disse Maria Aparecida, que afirmou não ter sido informada de que ele seria publicado na propaganda.
Segundo ela, a emissora solicitou um comprovante de que as representações não existiriam.
"Realmente, até a hora que fiz o documento, não havia nada", afirmou a diretora do cartório.
Telefonema
Na hora em que a diretora do cartório concedia entrevista à Folha, ela recebeu um telefonema do advogado da emissora, Luiz de Camargo Aranha Neto.
A conversa começou tensa, com a diretora falando alto com o advogado. Em seguida, ela chorou, mas acabou agradecendo a Aranha: "brigadão", disse, antes de desligar. A ligação durou cinco minutos.
Segundo Maria Aparecida, ela e Aranha são amigos "há anos". "Existem o Aranha advogado da Globo e o Aranha que é meu amigo pessoal", disse ela, afirmando que o documento não foi pedido pelo advogado.
Segundo ela, foi o Departamento de Programação da Rede Globo que pediu o documento.
Maria Aparecida disse que ela não fora informada pela Globo que os partidos estavam questionando o fato de a propaganda de Serra ter sido veiculada duas vezes durante o "Jornal Nacional".
"Eu entendi que haveria algum problema de troca da ordem dos comerciais, o que não ocorreu", afirmou.

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