São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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Kandir vai reestudar leasing de máquinas

Nova lei dificulta operação, diz Sindmaq

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Planejamento, Antônio Kandir, se comprometeu a criar mecanismo para não inviabilizar as operações de leasing na compra de máquinas a partir de 1º de novembro.
Segundo Sérgio Magalhães, presidente do Sindmaq/Abimaq (que representa a indústria de máquinas), as mudanças na cobrança do ICMS tornam o leasing desvantajoso.
"Com as mudanças, o comprador da máquina vai ter crédito de 11% do valor do ICMS. Mas, no caso do leasing, o comprador é o banco, e não haverá o benefício", disse Magalhães, que se encontrou com o ministro anteontem à noite.
Segundo Magalhães, Kandir se comprometeu a reestudar o caso, passando a tarefa de realizar análise detalhada ao presidente do Ipea, Fernando Resende.
No mesmo encontro com Kandir, Magalhães pediu um reestudo da situação das pessoas físicas, prefeituras e empreiteiras, que também não têm direito ao crédito de 11% do ICMS na compra de máquinas pela nova lei.
"O produtor que quiser comprar máquinas agrícolas, por exemplo, vai ficar em desvantagem", disse Magalhães.
No porto Magalhães também reclamou ao ministro que há máquinas entrando no país com isenção de imposto, mas sem similares nacionais.
Pelas leis atuais, máquinas estrangeiras com similares nacionais têm de pagar de 30% a 35% de Imposto de Importação mais ICMS de 12% a 18%. Só há isenção para as não-produzidas no país.
"Cheguei até a sugerir a redução para 14% no Imposto de Importação de máquinas, em troca do fim da isenção. Ainda não consultei o Sindmaq, mas acho que todo mundo aceitaria", disse Sérgio Magalhães.
Segundo ele, Kandir considera hoje estratégicos para o país os setores de máquinas e de eletroeletrônicos e se demonstrou interessado em avaliar suas sugestões.

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