São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996
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Companhia Rubens & Barbot faz fusão de música e gesto

Percussionista Robertinho Silva atua como parceiro do grupo

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM LYON

A 7ª Bienal da Dança de Lyon (França), cujo tema neste ano é o Brasil, continua mostrando a confluência de culturas existente no país.
Navegando entre o popular e o erudito, o evento apresentou na quinta o trabalho de Rubens & Barbot, companhia de dança pouco conhecida no próprio país, cuja proposta é desenvolver uma fusão de música e gesto.
O maior trunfo do grupo é sua parceria com Robertinho Silva, percussionista que já trabalhou com Milton Nascimento, Tom Jobim e Gilberto Gil.
Com um arsenal de objetos inusitados, de onde retira infinitas sonoridades, Robertinho Silva proporciona aos bailarinos um rico material que, no entanto, é mal aproveitado.
Apesar de sua boa formação em dança, que inclui cursos na Escola de Ballet Contemporâneo de Buenos Aires, Barbot não está conseguindo colocar em prática sua boa idéia, ou seja, produzir coreografias cujo impulso vital é o som.
Com isso, o espetáculo na Bienal ficou por conta de Robertinho Silva, que produziu sonoridades geralmente delicadas, que remetem à natureza.
Neste ambiente cuja musicalidade parecia brotar de uma floresta, o elenco do grupo Rubens & Barbot mostrou um trabalho corporal sofrível.
Sem fluência de movimentos, o grupo reduziu sua apresentação ao exotismo da nudez escultural exibida durante a maior parte do espetáculo.

A jornalista Ana Francisca Ponzio viaja a convite da Bienal.

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