São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996 |
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Congresso discutiu concessões de rádio e censura a programas Evento teve mesa-redonda sobre programação das TVs MARIANA SCALZO
O congresso abordou o problema das concessões, principalmente para rádios, em uma discussão entre dirigentes da Abert e Renato Guerreiro, secretário executivo do Ministério das Comunicações. Guerreiro explicou a posição do Ministério, que defende concessões para instalação de rádios comunitárias, cobrando um "valor simbólico". A questão da ética na programação das TVs foi abordada em uma mesa-redonda. O debate contou com a participação dos deputados federais Cunha Bueno, do PPB de São Paulo, e Mendonça Filho, do PFL de Pernambuco, da diretora do Departamento de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça, Margrit Dutra Schmidt, e dos vice-presidentes da Abert, José Roberto Maluf e Fernando Ernesto Corrêa. Cunha Bueno defendeu seu projeto de lei que propõe a obrigatoriedade da instalação do V-chip (violence chip) nos novos aparelhos de televisão. O aparelho tem a função de bloquear temporariamente a recepção de programas. Mendonça Filho também tem um projeto de lei com o mesmo fim. Maluf explicou o projeto da Abert de criar o Instituto Brasileiro de Estudos de Aprimoramento de Rádio e Televisão. O órgão terá a função de analisar a programação de TV. "Uma comissão vai fazer a análise e a recomendação dos programas. Não é censura prévia", disse Maluf. Magrit Schmidt, do Ministério da Justiça, concorda também com a criação do órgão. Para ela, para fazer a classificação "é necessário uma estrutura, que o Ministério não tem." Além desses debates, o evento discutiu tecnologias para transmissões no 16º Seminário Técnico Nacional, que aconteceu paralelamente ao congresso da Abert. "A tecnologia é o principal assunto atualmente. A radiodifusão brasileira não consegue acompanhar os avanços", explica Joaquim Mendonça, presidente da Abert. Texto Anterior: Mitterrand ganhou a guerra das Malvinas Próximo Texto: Evento celebra Haroldo de Campos Índice |
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