São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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França começa a vender gigante militar
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Fazem parte do grupo a Thomson SA, que engloba a Thomson-SCF -o setor de defesa- e a Thomson Multimídia, que desenvolve produtos eletrônicos de uso doméstico. Em 1995, o volume de negócios gerado pela Thomson-CSF foi de 35,5 bilhões de francos (R$ 7,1 bilhões). A Thomson-CSF desenvolve sistemas de detecção, sistemas de mísseis, equipamentos aeronáuticos (radares, por exemplo), radiocomunicação, e sistemas de comando e eletrônica de vôo. O grupo perdeu para a norte-americana Raytheon a concorrência do projeto Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) realizada pelo governo brasileiro. Candidatos Os grupos Alcatel Alsthom e Lagardère são os principais candidatos para arrematar a Thomson no processo de privatização. As duas empresas entregaram propostas no ministério das Finanças na segunda-feira passada. O governo deverá anunciar quem vai ficar com a Thomson entre os dias 1º e 15 de outubro, depois que as propostas forem examinadas pela Comissão de Privatização. A grande incógnita atual é saber o que será feito do braço multimídia da Thomson, já que a Alcatel Alsthom e a Lagardère se mostram mais interessadas no ramo militar. A Lagardère anunciou que não possui nenhum interesse nessa parte da empresa. E que, se for escolhida pelo governo francês, pretende repassar a Thomson Multimídia para o grupo sul-coreano Daewoo Eletronics. Líder A Daewoo espera se tornar líder mundial no mercado de televisores ao adquirir o braço da Thomson, que está sendo desprezado pelo grupo Lagardère. A parte militar da Thomson seria fundida com a Matra Défense Espace, do grupo Lagardère, dando origem a um novo grupo: Thomson-Matra. A Alcatel Alsthom não informou se estava interessada também na Thomson Multimídia ou só na Thomson SA. O endividamento da Thomson SA é de 10 bilhões de francos (R$ 2 bilhões) e o da Thomson Multimídia é de 14 bilhões de francos (R$ 2,8 bilhões). Texto Anterior: Da falsa "via prussiana" à falsa via liberal Próximo Texto: Avalie se é negócio quitar dívida no SFH Índice |
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