São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 1996![]() |
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Esquerda racha, mas continuará no poder na 'cidade vermelha' do ABCD
MAURICIO STYCER
Dirigida pelo PT desde 1983, Diadema será governada a partir de 97 ou por um petista, o deputado federal José Augusto Ramos, ou por um ex-petista, hoje no PSB (Partido Socialista Brasileiro), o deputado estadual Gilson Menezes. A última pesquisa do Datafolha, realizada dias 9 e 10 de setembro, mostra que a cidade está rachada. Gilson aparece com 48% das intenções de voto, contra 44% de Zé Augusto (o candidato usa o nome dessa forma na campanha). Nesta eleição disputadíssima, o candidato do PT não solicita nem conta com o apoio do atual prefeito de Diadema, José de Filippi Jr., que é do mesmo partido. Aliás, Filippi foi secretário de Obras de Zé Augusto no período em que o hoje candidato do PT foi prefeito de Diadema, entre 89 e 92. Os dois romperam publicamente há um ano e disputam o controle do partido. Os candidatos a vereador do grupo de Zé Augusto falam mal publicamente de Filippi e os candidatos a vereador do grupo de Filippi não pedem votos para Zé Augusto. Para confundir ainda mais, o candidato do PSB faz campanha utilizando uma marca que sempre foi do PT, o slogan "Optei". Gilson se elegeu prefeito de Diadema em 1982 pelo PT e deixou o partido no último ano do mandato, em 88. A confusão na cidade aumentou ainda mais quando candidato do PT disse que não pretendia dar continuidade, se eleito, a um programa de alfabetização de adultos introduzido pelo atual prefeito. Imediatamente, o candidato do PSB saiu anunciando em comícios que não só pretende continuar com o programa, como o considera "fundamental para erradicar o analfabetismo na cidade". Texto Anterior: Brasil pára de vender minas terrestres Próximo Texto: Mérito de prêmio é disputado Índice |
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