São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 1996 |
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Pesquisa vê separatismo em SP
FERNANDO ROSSETTI
O separatismo paulista dessa época teve quatro ideólogos principais: Alberto Sales, Martin Francisco Ribeiro de Andrada, Francisco Eugênio Pacheco e Silva e Joaquim Fernando de Barros -todos nomes de famílias tradicionais. "Elaborado em um dos vários momentos da história do Brasil em que se tematizava a nação, o ideário separatista surgiu como uma das opções para a superação do contexto de crise que marcava o país em finais do século passado." Mas bem antes, o historiador Sérgio Buarque de Hollanda já havia localizado esse orgulho em "ser paulista", conta Adduci. "O nome de paulista é tido (no período colonial) por sumamente honroso", cita a dissertação A pesquisa buscou "identificar as características do ideário separatista paulista: seus aspectos doutrinários, suas propostas, seus ideólogos e propagandistas". Para isso, recorreu como fonte aos jornais "Diário Popular" e "A Província de São Paulo", que traziam textos dos ideólogos. Também foram analisados periódicos de outras cidades, para "apreender como as idéias repercutiam". A tese relaciona os separatistas a um "novo grupo que lutava para alcançar a hegemonia dentro da classe dominante no país -a dos cafeicultores do Oeste paulista". Também mostra que essa opção "escolheu, de modo mais explícito, o caminho da exclusão". Ou seja, tanto os índios como os negros seriam "diluídos" na "pátria paulista" pela imigração. (FR) Texto Anterior: Municipalização do ensino Próximo Texto: Escolas montam fortalezas em Brasília Índice |
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