São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 1996
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Rede Globo; Defesa da agricultura; O Brasil que a França vê; Preservação (1); Preservação (2); Aids Esperança; Consumo de tranquilizantes; Salário mínimo; Bancos estaduais; Aposentadorias

Rede Globo
"Parabéns à Folha por criticar a Rede Globo. Fatos como esse dão credibilidade ao jornal. Gostaria que essas críticas construtivas fossem mais frequentes."
Samuel Hilsdorf Barbanti (São Paulo, SP)
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"O manifesto do jornal acerca do episódio eleitoral Rede Globo/José Serra parece ter sido redigido por um adolescente na faixa dos 15 anos, despreparado, sem objetividade e abundantemente agressivo. O tom emocional sobrepujou em muito a dimensão real dos fatos.
Tanto assim que, na posição de assinante, verifiquei duas ou três vezes se era mesmo o texto verborrágico assinado pelo jornal ou, como é mais comum, por um político 'voz de aluguel', sempre interessado em algum aspecto do imbróglio.
Mesmo se a Rede Globo houvesse sido, e parece que foi, baixa em suas acusações, não cabia à Folha descer ao mesmo nível, alternando as características verdadeiramente jornalísticas do caso com ataques destemperados.
Uma resposta moralmente adequada se ateria aos fatos, que, aliás, condenam a Rede Globo nesse episódio."
Jorge João Burunzuzian (São Paulo, SP)
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"Vi na TV a nota da Folha a respeito da Rede Globo e me senti confortado por ver alguém do mesmo porte cumprindo o papel do jornalismo honesto: informar com isenção.
A Rede Globo tem uma parcela imensa de culpa pela alienação do povo de nosso país.
Parabéns e não se deixem intimidar."
Nagib Farouk Guerra Husseini (Natal, RN)

Defesa da agricultura
"É muito bom e confortante vermos que na grande imprensa nacional ainda existem pessoas sensatas, que procuram analisar os fatos como eles realmente ocorrem.
Ao passar os olhos pelos artigos de Aloysio Biondi de 18/8 e 22/8, percebemos que ele é uma pessoa sensível aos reais flagelos que corroem o povo brasileiro."
Antonio Chavaglia, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Goiás (Rio Verde, GO)

O Brasil que a França vê
"Li na Folha a reportagem sobre a feira francesa em SP e a preocupação das autoridades francesas em mudar a imagem de seu país no Brasil.
Se os franceses estão preocupados com essa imagem, suas autoridades deveriam começar examinando a imagem do Brasil na mídia francesa.
É revoltante ver as imagens que as emissoras de TV mostram de nosso país. São sempre cuidadosamente editadas de modo a mostrar apenas miséria, sujeira e desgraças das mais variadas. O mesmo se aplica às reportagens da mídia impressa."
Roberto D. D. Costa (Nice, França)

Preservação (1)
"Na edição de 15/9, na coluna de Roberto Campos, surpreendeu-nos a colocação sobre os conceitos de desenvolvimento quando disse que 'os idiotas latino-americanos se vangloriam das riquezas naturais deste continente, que zelosamente protegem da cobiça estrangeira à espera de prosperidade futura'.
Isso destoa totalmente da tendência mundial de preservação, desenvolvimento sustentável etc., que tem gerado inúmeros movimentos e mesmo conferências mundiais da ONU.
Parece, no mínimo, um absurdo considerarmos 'idiotas' centenas de entidades e milhões de pessoas que têm comungado o entendimento de que somente com a preservação de nossas 'riquezas naturais', explorando-as sustentavelmente, conseguiremos sobreviver no futuro."
Antonio Silveira Ribeiro dos Santos, juiz de Direito (São Paulo, SP)

Preservação (2)
"Concordo plenamente com o colunista Clóvis Rossi. Há terra improdutiva suficiente para assentar todos os acampados e futuros sem-terra.
No entanto, é bom lembrar que a nossa legislação considera as reservas florestais dos proprietários como sendo terra improdutiva. Foi o caso da fazenda Anoni, no Rio Grande do Sul, onde agora não há mais árvore para preservar.
Destruir reservas florestais para assentamentos agrários é, no mínimo, um desperdício injustificável."
Adelmo Pilger (São Paulo, SP)

Aids Esperança
"Eu estava lendo a respeito do coquetel anti-Aids que está dando esperança às pessoas contaminadas.
O ministro da Saúde alega não saber como o Ministério da Saúde irá arrecadar dinheiro para fornecer o coquetel. Minha idéia: usar o mesmo método do programa 'Criança Esperança', com doações feitas por telefone."
Welio Gomes (Boituva, SP)

Consumo de tranquilizantes
"Infeliz e irresponsável a declaração do presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, dr. Pedro Henrique da Silva, considerando normal o aumento de 18% no consumo de tranquilizantes no país (15/9)."
Francisco Thadeu Lima Chaves (Canindé, CE)

Salário mínimo
"Estou sinceramente impressionado com a generosidade do governo FHC. Está na manchete de 11/9: 'Mínimo pode ir a R$ 119,50 em maio de 97'. Santo Deus! E ainda dizem que o presidente FHC só ajuda banqueiros..."
Benedito de Mello (São Paulo, SP)

Bancos estaduais
"Em 1995, o PIB mundial movimentou US$ 20 trilhões para 5,7 bilhões de humanos. O Brasil e os Estados precisam levar isso em conta, pois esse panorama requer um novo paradigma para a política bancária.
Podem os bancos públicos competir com os do mercado internacional?
A estabilidade dos bancos é um bem público, portanto, indivisível e indispensável à vida moderna pela guarda, intermediação de recursos financeiros e prestação de serviços ao povo.
No critério e interesse técnico -escopo, natureza e importância-, defende-se a tese de que no Brasil todos os bancos deveriam ser públicos. Eis o novo paradigma.
Há quem critique o ambiente de atuação, cultura, função social, mas o que querem é mercado (economia regional) e o pioneirismo. A pulverização do crédito (habitacional, rural, geral), que traz resultados sociais positivos e evidencia a essencialidade dos bancos públicos, uma vez que estão onde os brasileiros precisam, a eles não interessa."
Marco Aurélio Abreu (Florianópolis, SC)

Aposentadorias
"O governo, para reduzir o déficit da Previdência, cogita desestimular as aposentadorias proporcionais com a redução do seu valor.
Para atingir esses objetivos, mas sem prejudicar o aposentado, poderia ser estipulada uma contribuição sobre o benefício, em índice igual ao recolhimento dos autônomos, até completar os 35 anos de contribuição."
José Carlos Veeck (Recife, PE)

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