São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 1996![]() |
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Cruzeiro desvenda os 'reinos miúdos'
ALCINO LEITE NETO
Cindido, desunido, recortado, o império inglês perdeu o fausto e foi deixando ver uma multidão de conflitos e paisagens sob a espessa veste colonialista. O nome ficou pomposo demais para esta época: Reino Unido. E, por ter deixado de significar algo de muito grande nesta Terra, é melhor visitar as diferenças: a pequena Inglaterra, a menor Escócia e a ilha da Irlanda. Mil lugares e habitantes dos belos "reinos miúdos" que o turismo inventa em qualquer canto, ao custo de alguns dólares e guias. Foi essa a tarefa do Gripsholm, um requintado navio que deixou Bremen, na Alemanha, para percorrer em 14 dias alguns pontos prodigiosos da Inglaterra, da República da Irlanda e da Escócia. É o trajeto do Gripsholm que vai unindo essas terras onde a mesma língua ganha dicções imprevistas, as paisagens se transfiguram em câmera lenta, as culturas se desdobram umas nas outras, e bandos de crianças em férias reanimam os pesados monumentos. Na Cornualha, sul da Inglaterra, a expedição leva às Merry Maidens -19 "alegres donzelas" que teriam sido petrificadas por estarem dançando no domingo. Na República da Irlanda, o Gripsholm (que faz um cruzeiro pelo Brasil em dezembro) aporta no cais de Cobh. Dali partiram 2,5 milhões de irlandeses -boa parte fugindo da Grande Fome de 1845. Na Escócia, o navio leva até as pré-históricas (e místicas) pedras de Callanish, nas ilhas Hébridas, e a Edimburgo, onde um festival de artes tinha transformado a cidade numa festivo e ininterrupto caos. LEIA MAIS nas págs. 6-2 a 6-12 Próximo Texto: Gripsholm é um hotel de luxo flutuante Índice |
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