São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996 |
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Memória e jogo-de-cintura Rezende Monteiro, vice-governador de Goiás deposto em 64 e deputado federal seis vezes, é uma lenda da política naquele Estado. Petebista histórico, era muito ligado a João Goulart. Uma das muitas histórias que se contam a seu respeito é que andava sempre com decretos de nomeação em branco, assinados por Jango, para qualquer eventualidade. Bonachão e expansivo, Monteiro também se orgulhava de uma memória prodigiosa para nomes de eleitores e políticos. Certa vez, chegou a uma roda de correligionários e cumprimentou todos pelo nome, menos um: - Olá, rapaz. Como vai? E seu pai, meu companheiro de grandes lutas, como está? - Meu pai morreu quando eu era garoto, deputado -foi a resposta constrangida. O deputado não se abalou: - Morreu para você, filho ingrato. Seu pai continua bem vivo aqui no meu coração. Texto Anterior: Malabarismo oficial; Jogada publicitária; Me engana, que eu gosto; Conversa de excluídos; Prazo fatal; No tempo das cavernas; Estudando o inimigo; Norma estranha; No ataque; Na defesa; Outro lado; Torcida malufista; Atrás do prejuízo; Onda caipira; Na marra; Memória seletiva; Incorreção política Próximo Texto: PPB revê estratégia e evita choque com Serra Índice |
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