São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996 |
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PPB revê estratégia e evita choque com Serra Partido tentará mostrar inviabilidade de propostas tucanas GEORGE ALONSO
O objetivo é evitar o surgimento de fatos novos que alterem a tendência apontada pelas pesquisas até agora: Celso Pitta à frente, seguido pela petista Luiza Erundina. Os malufistas entendem que foi equivocada a postura de aceitar o bate-boca com Serra -que se iniciou em torno do "Fura-Fila", projeto pepebista de ônibus articulados sobre trilhos. O efeito da polarização com o tucano foi a queda de Celso Pitta nas pesquisas -ainda que ele mantenha a liderança folgada- e uma leve tendência de ascensão tucana. "Novo promessão" A cúpula pepebista decidiu que Serra não será esquecido, mas as respostas a eventuais ataques do PSDB serão feitas só em relação ao indispensável. "Bem moderadamente", disse Miguel Colasuonno, candidato a vereador e um dos coordenadores da campanha. "Não vamos dar colher de chá. Houve um descuido. Mas, em um primeiro momento, era preciso pôr os pingos nos 'is"', afirmou. Agora, o PPB vai procurar também espalhar nas ruas o que chama de "blefes tucanos". Por exemplo, mostrar que a proposta de Serra de fazer quatro linhas de metrô "é infelizmente inviável", baseando-se em dados técnicos históricos de construção. "Nunca se fez quatro linhas em quatro anos. Essa fábrica de empregos é outro blefe. Ele (Serra) é o novo promessão", disse Colasuonno. Esse trabalho será feito com intensidade pelos candidatos a vereador em suas bases eleitorais. "Tocar a bola" Na avaliação dos estrategistas de Pitta, Serra -"desesperado" à véspera do primeiro turno- tenta a todo custo tirar qualquer pontinho dos rivais. Mas, segundo o PPB, não há mais espaço para isso. "Está selado. Quem fez, fez. Quem não fez, não faz mais", calcula Duda Mendonça, responsável pela propaganda de Pitta na TV. Para ele, o segundo turno será mesmo entre Pitta ("que pode voltar a subir") e Erundina. Recentes pesquisas -encomendadas pelo PPB diariamente- apontam que o quadro permanece estabilizado, segundo afirmam. O papel do PPB (que, na reta final, vai elevar o tom emotivo de seu programa de TV) é administrar a vantagem de Pitta, candidato apadrinhado pelo atual prefeito paulistano, Paulo Maluf. "Chegou a hora de tocar a bola, recuar para o goleiro, deixar o tempo passar", disse Mendonça. Texto Anterior: Memória e jogo-de-cintura Próximo Texto: Arquitetos lançam manifesto contra a propaganda de Pitta Índice |
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