São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996
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Moradores fecham pista no Rio e pedem passarela em estação

Moradores afirmam que 'muitos' já morreram em avenida

DA SUCURSAL DO RIO

Insatisfeitos com a inauguração da estação de metrô de Tomás Coelho (zona norte do Rio), sem uma passarela de pedestres, moradores do morro do Juramento fecharam ontem de manhã uma das pistas da avenida Automóvel Clube e atiraram pedras na PM.
Pouco depois do término do tumulto, o governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), participou da inauguração da estação.
Segundo ele, a manifestação foi realizada por "dez pessoas que devem ter tido motivação política".
O governador tem sido acusado por adversários de inaugurar obras às vésperas das eleições municipais para beneficiar seu candidato a prefeito do Rio, Sérgio Cabral Filho (PSDB). Ontem, Alencar negou mais uma vez as acusações.
A passarela é uma antiga reivindicação da comunidade do Juramento. A moradora Silvana da Silva, 27, disse que "muita gente" já foi atropelada ao atravessar a avenida Automóvel Clube, com traçado paralelo à linha 2 do metrô.
Por volta das 8h, um grupo de moradores fechou a pista de descida da Automóvel Clube com sofás, pneus, galhos de árvores.
A PM calculou que havia cerca de 50 manifestantes. Moradores do morro afirmaram que havia cerca de 400. O fechamento da pista, por quase uma hora, provocou um engarrafamento de cerca de três quilômetros. Alencar afirmou que a passarela reivindicada "está no projeto" do governo.
Segundo ele, não foi construída agora porque precisam ser feitas obras de adaptação da Automóvel Clube, como o remanejamento de canos de água e a mudança do traçado da avenida. A passarela seria construída até dezembro.

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