São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996 |
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Testemunhas depõem sobre crime próximo a bar de Jundiaí
DA FOLHA SUDESTE Cinco testemunhas de defesa de Cleuber José de Barros, 25, acusado de ter assassinado com dois tiros na cabeça o estudante Rogério Bozzeli Dutra, foram ouvidas em audiência ontem pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Jundiaí (a 60 km de SP), Alberto Anderson Filho.O crime foi cometido no dia 15 de agosto deste ano, durante uma discussão em frente ao estacionamento do bar Tequila, em Jundiaí. Segundo o advogado de acusação, Marco Aurélio Germano de Lemos, todas as testemunhas eram referenciais. "São pessoas que conhecem o réu, mas não presenciaram o crime", disse. No último dia 15, o juiz ouviu 14 testemunhas de acusação. A maioria estava no local no momento do crime. Barros está preso desde o dia 16 de agosto no 12º GAC (Grupo de Artilharia de Campana). Ele é 3º sargento do Exército e estudante do 2º ano de direito da Faculdade Anchieta, de Jundiaí. Segundo o coronel do grupamento, Thiago Augusto Mendes, 47, o acusado foi isolado em uma área especial. "Como não temos cela, arrumamos uma espécie de alojamento, onde ele fica preso." Segundo Bardi, o acusado disse que pegou a arma depois, no carro. Rogério Dutra era estudante do 3º ano da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Segundo amigos da vítima, ele não bebia e era calmo. Uma semana depois da morte de Rogério, cerca de 300 pessoas, entre estudantes e amigos da vítima, se vestiram de branco e participaram de uma passeata pelas ruas da cidade para protestar contra a violência. Texto Anterior: Dia de palpáveis heróis da classe trabalhadora Próximo Texto: Fortaleza é o "paraíso" dos italianos Índice |
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