São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996
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Safra maior reduz importação de etanol

JOSÉ ALBERTO GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento recorde na produção de cana, açúcar e álcool deve reduzir pela metade o valor das importações de etanol e metanol.
As compras de etanol e metanol no mercado externo devem cair de 1,7 bilhão de litros (cerca de US$ 600 milhões), efetuadas em 95, para 1,2 bilhão de litros este ano (perto de US$ 300 milhões).
Previsão da AIAA (Associação das Indústrias de Açúcar e de Álcool do Estado de São Paulo) mostra que as usinas vão moer este ano 270 milhões de t de cana no país, 6,7% acima do número de 95.
Dessa moagem, devem resultar 13,9 bilhões de litros de álcool (aumento de 10,4%) e 13,7 milhões de t de açúcar, 8,3% mais que em 95.
Segundo José Pilon, presidente da AIAA, o acréscimo de 1,3 bilhão de litros previsto para este ano será obtido com álcool anidro.
Como as vendas de carro a álcool, diz Pilon, praticamente pararam, os aumentos de produção tendem a ser direcionados para o anidro, misturado com gasolina.
Na avaliação da indústria, as exportações de açúcar devem ficar entre 5,2 milhões de t (semelhante às de 95) e 5,5 milhões de t, com receita variando de US$ 1,8 bilhão a US$ 2,1 bilhões.
Para Regina Junco, pesquisadora do IEA (Instituto de Economia Agrícola), de São Paulo, as exportações de açúcar devem repetir o desempenho do ano passado, devido à estabilidade das cotações no mercado internacional.
O crescimento recorde da produção do complexo sucroalcooleiro está sendo puxado pelo Centro-Sul, onde a moagem de cana é estimada em 220 milhões de t, 8% superior à de 95. Já o Nordeste deve esmagar 50 milhões de t, volume próximo ao do ano passado.
O Brasil é responsável por 4,3% dos 120 milhões de t de açúcar negociados no mundo anualmente.

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