São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996
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Para PSDB, questão é financeira

PATRICIA ZORZAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Técnicos em transportes e membros do PSDB são unânimes em afirmar que o maior problema nos planos do metrô de Serra é financeiro, e não técnico.
Ainda que todos esses empréstimos sejam obtidos, restariam US$ 3,187 bilhões para o Estado, prefeitura e iniciativa privada.
No caso dos recursos municipais, os próprios técnicos do Metrô não acreditam na capacidade de investimento da prefeitura.
"O metrô traz mais benefícios do que obras viárias. Mas para fazer o que promete, Serra teria de direcionar todos os recursos para isso, como o Maluf fez, deixando de lado educação e saúde", diz Carlos Zaratini, técnico da área de planejamento do Metrô.
A esperança de Serra e do governo do Estado é a colaboração da iniciativa privada por intermédio de concessões.
Paulo Godoy, presidente da Apeop (Associação Paulista dos Empresários de Obras Públicas), afirma que poderia haver interessados no projeto, desde que o governo assuma parte dos investimentos e aceite certas condições.
Entre elas, Godoy cita a garantia do recebimento do dinheiro investido diretamente do usuário do metrô. "A iniciativa privada não vai alocar recursos em obras de retorno financeiro duvidoso."
(PZ)

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