São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996
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Remédios oferecidos pela rede pública de saúde são obsoletos

10 milhões têm a doença; SUS paga 300 mil internações/ano

AURELIANO BIANCARELLI
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE

Os cerca de 10 milhões de asmáticos brasileiros poderiam se ver livres das crises e internações se o Ministério da Saúde adotasse procedimentos recomendados há mais de dez anos no mundo todo.
Os medicamentos antiinflamatórios não existem na rede pública. Os broncodilatadores são obsoletos e ainda tomados por via oral -aminofilina em comprimidos.
"Desde 90 tentamos convencer o governo a oferecer antiinflamatórios e broncodilatadores inaláveis, mas não houve resposta", diz Carlos Alberto de Castro Pereira, diretor de divulgação da Sociedade Brasileira de Pneumologia.
Os antiinflamatórios -de preferência em spray- evitariam crises e internações. O SUS paga cerca de 300 mil internações/ano. Um antiinflamatório em dose baixa, que evitaria até 98% das crises, sai cerca de R$ 10 ao mês, por paciente.
O tratamento da asma, doença que atinge 7% da população, é um dos temas do 28º Congresso Brasileiro de Pneumologia.
A asma é um processo inflamatório dos brônquios que se manifesta por chiado no peito e dificuldade respiratória. Os casos mais graves exigem internação por até uma semana. A doença é crônica e hereditária. As crises podem ocorrer até várias vezes por mês.

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