São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996
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Aumento da fiscalização do Executivo é meta de Cardozo

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

Advogado e professor de direito administrativo da PUC-SP, José Eduardo Martins Cardozo, 37, concorre à reeleição pelo PT.
Ex-secretário de Governo na administração Luiza Erundina, Cardozo defende mudanças no Tribunal de Contas do Município para melhorar a fiscalização das contas públicas.
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Folha - Quais são as suas metas de trabalho?
José Eduardo Martins Cardozo - Meu trabalho foi pautado por três eixos. O primeiro é a qualidade de vida na cidade, que está piorando. O segundo é a cidadania -descobri outro dia, por exemplo, que quem não tem como pagar um enterro não pode velar o corpo, o que é uma afronta aos direitos básicos do cidadão. O meu terceiro eixo é a fiscalização do Executivo.
Folha - O vereador hoje tem como fiscalizar o Executivo?
Cardozo - O sistema atual é péssimo. O vereador não tem como saber se uma obra foi superfaturada. O TCM, um órgão auxiliar da Câmara, tem uma estrutura totalmente indesejável.
Eu fiz um projeto de lei, que por sinal está difícil de aprovar, que impede pessoas que ocuparam cargos no governo e vereadores de serem conselheiros do TCM por um prazo de até cinco anos após a data em que deixaram os cargos.
Folha - Como você avalia o desempenho da Câmara?
Cardozo - A Câmara ficou de joelhos para o Executivo. A bancada do governo, que é maioria, nem discute os projetos. Só vota.
Folha - Se o PT ganhar a eleição, o sr. deixaria a Câmara para assumir algum cargo?
Cardozo - Não pretendo aceitar um possível convite. Fiquei só um ano e meio aqui, fui eleito suplente e só assumi quando houve a eleição para deputado.
Folha - Qual o principal problema da cidade hoje?
Cardozo - A ausência de diretrizes no planejamento do crescimento da cidade. Falta um plano diretor que o oriente.

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