São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996 |
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Tarifa de importação do Chile vai cair em 97
DENISE CHRISPIM MARIN
Há dois meses, o Chile assinou acordo para a formação de uma zona de livre comércio com o Mercosul, que deve ser completamente efetivado apenas em 2004. Em 1997, a tarifa de importação praticada pelo Chile será de 7%. Para o Mercosul, a redução deverá ser de 48%, o que projeta uma alíquota de 5,7%. A dificuldade, no Brasil, é que os exportadores esperavam concorrer com produtos de outros países que entrariam no Chile pagando tarifa de 11%, o que diminui uma das vantagens. No início do ano, por exemplo, o acordo de livre comércio entre Chile e México garantiu tarifas mais baixas para os produtos mexicanos e afetou as exportações brasileiras. Avaliação A Folha apurou que, por não terem sido consultados, os países do Mercosul podem requerer a avaliação da decisão chilena para checar se os produtos da região terão reduzidas suas preferências comerciais. Segundo o embaixador do Chile no Brasil, Heraldo Valenzuela, o Chile quer se associar ao Nafta, a união aduaneira formada pelos Estados Unidos, Canadá e México -apesar do acordo firmado com o Mercosul. "O acordo entre o Chile e o Nafta será compatível com o Mercosul", disse o embaixador chileno. "Podemos ir mais rápido na integração com o Nafta e consegui-la antes de 2005", completou Valenzuela, referindo-se ao prazo para a formação da Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas). Os passos do Chile rumo ao acordo com o bloco do norte já estão dados. A redução tarifária aproxima a alíquota de importação chilena da praticada pelos Estados Unidos, que é de 6,9%, em média, de acordo com dados do MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo). Texto Anterior: A revolução e o processo Próximo Texto: Acrefi descarta crediário bem mais barato Índice |
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