São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996
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Diana visita EUA e continua popular

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Embora não seja mais "sua alteza real", a princesa de Gales, Diana, conseguiu de novo mobilizar a capital dos Estados Unidos, em sua primeira visita ao país depois de ter se divorciado do príncipe herdeiro do Reino Unido, Charles.
Hospedada, como de hábito, na casa do embaixador do Brasil, Paulo Tarso Flecha de Lima, Diana foi o principal assunto de Washington ontem.
Sempre com a embaixatriz Lúcia Flecha de Lima ao seu lado, tomou café da manhã com a primeira-dama Hillary Clinton na Casa Branca, almoçou na embaixada de seu país com o general Colin Powell, entre outros, e liderou uma gala beneficente à noite.
Todas as atividades tinham a ver com o Centro Nina Hyde de Pesquisas sobre o Câncer de Mama, da Universidade Georgetown, em Washington, do qual Diana é presidente honorária.
Nina Hyde era editora de moda do jornal "The Washington Post" e morreu de câncer em 1990.
A "publisher" do "Post", Katharine Graham, fundou a entidade e todos os anos promove grandes eventos para gerar fundos que a mantenham. O estilista Ralph Lauren é co-presidente do centro.
Ele acompanhou Diana no jantar de ontem. Cada pessoa gastou US$ 500 para entrar. Os que quiseram se sentar tiveram de pagar US$ 2.500 por uma cadeira em mesas de dez. Para comer sobremesa e tomar café, o custo foi US$ 150. Para participar do leilão de modelos de grandes costureiros, o ingresso foi de US$ 15.
Lauren, Oscar de la Renta, Alexander Julian, Nicole Miller, Elie Tahari, Joan Vass e outros doaram roupas no valor de US$ 1 milhão para o leilão.
Num Rolls-Royce zero km cedido pela empresa, Diana circulou pela cidade sob a perseguição constante de pelo menos 40 cinegrafistas e fotógrafos.
Hillary Clinton disse que a princesa comandou "a mais agradável invasão britânica da história da Casa Branca" (em 1812, a sede do governo dos Estados Unidos foi incendiada por tropas do Reino Unido).
Diana não falou, mas sorriu muito em público. À noite, ela conheceu Elizabeth Dole, que quer suceder Hillary como primeira-dama do país.
Hoje, depois de almoçar na casa de Katharine Graham, a princesa volta para Londres com a certeza de que, pelo menos nos EUA, o divórcio não alterou sua condição de superstar.

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