São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Sposati quer usar mapa social para elaborar plano diretor

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

A vereadora Aldaíza Sposati (PT), 50, candidata à reeleição, foi a autora do projeto de lei que proíbe a distinção entre os elevadores social e de serviço.
Assistente social e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica), Sposati foi secretária das Administrações Regionais na gestão PT.
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Folha - Quais as questões que a senhora pretende trabalhar?
Aldaíza Sposati - Ainda não conseguimos aproveitar suficientemente o mapa da exclusão e inclusão social, feito por nós na PUC. Esse mapa faz uma caracterização dos 96 distritos da cidade, a partir de 49 indicadores sociais, como renda e saúde.
Ele é importante para fazermos planos diretores regionais, para atender as deficiências de cada lugar. Com o mapa, por exemplo, é possível saber quais os lugares onde a carência de pavimentação ou de vagas escolares é maior.
Folha - Aponte um acerto e um erro da atual administração.
Sposati - Como acerto, diria que foi a primeira vez que uma administração conservadora entendeu que uma favela não deve ser removida. O erro é que, apesar de ter partido para a idéia da urbanização da favela, a prefeitura não está criando garantias de permanência da totalidade dos favelados. No Cingapura, há um processo seletivo que acaba criando remoções.
Folha - O que a sra. acha dos projetos de nomes de rua e concessão de medalhas?
Sposati - Apresentei 44 projetos neste mandato. Nenhum era para dar nome de rua e só dois eram medalhas: uma para a prêmio Nobel Rigoberta Menchu e outra para o sociólogo português Boaventura Souza Santos. Dar nome de rua deveria ser função do Executivo.

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