São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Comerciante largou cigarro ao detectar primeira gravidez

DA REPORTAGEM LOCAL

A comerciante Cláudia da Costa, 31, deixou de fumar assim que descobriu que estava grávida da primeira filha, há nove anos. "Por sinal, desconfiei da gravidez quando enjoei ao fumar um cigarro", conta.
Ela havia fumado por seis anos. Nenhum de seus filhos teve problemas respiratórios ou doenças graves nos primeiros anos de vida, segundo relata.
Seu marido, que tem 42 anos e fuma desde os 15, continuou fumando em casa durante toda sua primeira gravidez e as seguintes.
Depois do nascimento das crianças, passou a evitar fumar no mesmo ambiente em que estejam. Ele consome de um a dois maços por dia.
"Toda minha família fuma: pais, irmãos e tios. Quando há reuniões em casa, é aquela fumaceira", diz. "Esse contato eventual nunca pareceu afetar a saúde das crianças."
Motivo para parar
Cláudia da Costa diz que parou de fumar justamente para evitar prejudicar seus bebês durante a gestação. No caso do marido, a preocupação com a saúde das crianças é responsável em parte por seu comportamento.
"Além de tentar preservá-los, ele mesmo não gosta do cheiro do cigarro em ambiente fechado e evita por conta própria fumar no quarto, por exemplo."
O filho menor do casal, Mateus, 4, faz "campanha" contra o cigarro. "Ele reclama do pai e critica qualquer um que acenda um cigarro perto dele, mesmo que não conheça a pessoa. Meu filho detesta o cheiro."

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