São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Procurador prefere 'risco'

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O procurador de Cléber, José Luís da Costa Araújo, não usou a favor do zagueiro os recursos que a legislação trabalhista permite. Disse ter preferido um "contrato de risco".
Cléber assinou por dois anos, por cerca de R$ 40 mil mensais. A partir de janeiro, se tiver passe livre, ele só precisa pagar a indenização trabalhista para mudar de clube.
(MD)
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Folha - Como ficou o contrato entre Cléber e o Palmeiras?
José Luís da Costa Araújo - Ninguém sabe o que vai haver em 97. Por isso, o contrato prevê que, se ainda houver passe, o Cléber terá direito a 30% do total, em caso de venda. Se não houver, ele fica com 50%, na venda do contrato.
Folha - Essa é uma cláusula de venda ou de indenização por rescisão?
Araújo - Digamos que é de indenização.
Folha - Onde está o risco para o Palmeiras?
Araújo - Se houver passe em 1997, o Cléber sai ganhando. Senão, é o clube.
Folha - Mas a legislação trabalhista permite que ele pague uma indenização (que começa em R$ 420 mil, em janeiro, e cai com o tempo) para deixar o clube. Como ela será usada?
Araújo - Não será usada. Comprometi-me, e vou cumprir, a não usar esse recurso.
Folha - Mas por que não? O jogador sairia do clube...
Araújo - Sou procurador de outros jogadores. Não posso brigar com um clube como o Palmeiras.

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