São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Fuvest pede reflexão, Unicamp, crítica

DA REPORTAGEM LOCAL

Intertextualidade é a palavra-chave quando o assunto é redação nos vestibulares da Unicamp e Fuvest, garante a professora de redação Giselda Nogueira Olivetto, do cursinho Stockler.
O que é essa tal de intertextualidade? É o seguinte: a prova apresentará ao aluno textos que abordam um mesmo tema.
O candidato deve então desenvolver sua redação a partir das idéias desses textos.
"A maneira de tratar o tema na redação é que varia de acordo com o vestibular", afirma a professora.
Textos de jornal
A Unicamp exige de seus candidatos uma postura mais crítica, esperando respostas mais fechadas, definitivas. "Ela quer que o aluno discuta e se posicione. Ele precisa apresentar sua tese, desenvolver sua argumentação e chegar a uma conclusão", diz a professora.
Tudo isso a partir de reportagens de jornais, revistas ou depoimentos de personalidades, por exemplo.
Já a Fuvest propõe uma reflexão mais aberta em torno do tema, exigindo de seus candidatos a capacidade de abstração para defender seu ponto de vista. E isso a partir da interpretação de poemas e textos reflexivos.
Uma coisa é quase certa. Os temas das provas de redação devem estar relacionados com os fatos mais importantes que acontecem no país e no mundo (ler quadro ao lado com quatro temas sugeridos pela professora).
Repetição de tema
Giselda Nogueira Olivetto até arrisca prever que a Fuvest apresentará um poema de Drummond e algum outro texto que sugere a idéia de medo, como "Congresso Internacional do Medo", por exemplo. Daí, "a partir da reflexão, o aluno, por si só, chegaria ao tema da violência." E mais: "Pode ser até que a Unicamp e a Fuvest explorem o mesmo tema.

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