São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Grupo de ex-premiê toma o Parlamento

Polícia dispersa os manifestantes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A polícia da Armênia dispersou ontem uma manifestação da oposição no centro da capital, Ierevan, e fez o governo retomar o controle da situação e afastar uma ameaça de golpe.
Os partidários do ex-premiê Vazgen Manukian ocuparam o Parlamento em protesto contra o resultado das eleições de domingo, que reelegeram o presidente Levon Ter-Petrosian por uma estreita margem de votos.
Manukian, que era candidato, disse que houve fraude e conclamou seus eleitores a dirigir-se ao Parlamento, onde foi reclamar junto à Comissão Eleitoral. "Se eu não sair em uma hora, tomem o edifício", disse Manukian.
Quando o prazo venceu, cerca de 10 mil pessoas entraram, gritando "Manukian, presidente".
A polícia precisou disparar tiros para dispersar a multidão, mas não houve mortos.
Os opositores chegaram a anunciar a prisão do ex-premiê, mas à noite (à tarde no Brasil) ele foi a um comício e disse que conseguira que a Comissão Eleitoral se reunisse para discutir a verificação do resultado da eleição.
Durante a ocupação do Parlamento, os manifestantes fizeram vários reféns, entre eles o presidente do partido governista, Terrussik Lazarian.
O presidente da Casa, Babken Araktsian, sofreu ferimentos na cabeça e foi hospitalizado. Segundo alguns parlamentares, havia vários manifestantes armados.
Ao todo, 100 mil pessoas participaram das manifestações. O governo pediu calma à população e disse controlar a situação.

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