São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 1996 |
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Minas assina renegociação de R$ 8,7 bi
PAULO PEIXOTO
Minas é o segundo Estado a refinanciar sua dívida, nas mesmas condições do Rio Grande do Sul, que assinou na semana passada. A dívida foi refinanciada no prazo de 30 anos, com juros de 6% ao ano e correção pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna). O governo mineiro se comprometeu a abater 20% do total da dívida (R$ 1,74 bilhão) com a venda de ativos estaduais. Segundo o secretário da Fazenda de Minas, João Heraldo Lima, o CMN (Conselho Monetário Nacional) já analisa a proposta do Estado para levantar os recursos. Pelo acordo, Minas vai empenhar inicialmente 11,5% da sua arrecadação líquida, podendo esse percentual chegar a 13%, para o pagamento dessa dívida. Esforço Azeredo disse que a renegociação é um "momento histórico" para Minas, em função do esforço para se conseguir a rolagem. Ele afirmou que, em função do crescimento exagerado dessa dívida -em 88 era de R$ 1,5 bilhão-, pensou até em deixar a política. "Essa dívida foi constituída até 88 e mais de 90% dela vinha sendo rolada", disse. O acordo prevê que, se outros Estados mais ricos conseguirem melhores condições de refinanciamento, o protocolo de Minas será revisto. Sobre isso, Malan disse que acha o pleito "razoável", mas que não está antecipando que o governo vá conceder condições mais favoráveis a outros Estados. Títulos brasileiros Questionado sobre a alta de ontem de cerca 1,8% na cotação dos títulos brasileiros no exterior, que teria ocorrido em função de rumores de que o Brasil lançará bônus no valor de US$ 750 milhões para recomprar os papéis, Malan disse que não tinha informações sobre isso e não confirmou a operação. "Mesmo que tivesse, não detalharia. Não se anuncia aos quatro cantos coisas que afetam o mercado", disse. "Já foi aprovado pelo Senado que o governo administre os seus passivos no exterior." Texto Anterior: Déficit público atinge R$ 51,3 bi com FHC Próximo Texto: Estados têm pior resultado Índice |
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