São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 1996
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Exportações reagem pouco

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As exportações não deverão crescer neste ano com a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para os embarques de produtos brasileiros.
A avaliação é de exportadores e do próprio governo, que esperava ver os embarques ao exterior aumentarem a partir da primeira semana de outubro.
A Folha apurou que essa constatação frustrou setores da equipe econômica, que contava com a diminuição do saldo negativo na balança comercial de 96, projetado em cerca de US$ 1,5 bilhão.
"Não podemos esperar milagres", diz Marcus Vinícius Pratini de Moraes, presidente da AEB (Associação Brasileira de Comércio Exterior). "Vai levar muito tempo para as exportações melhorarem."
Segundo Pratini, a isenção afeta basicamente as exportações agrícolas e terá menor influência sobre os produtos manufaturados -mercadorias que têm maior valor agregado.
As colheitas deste ano praticamente já terminaram e resta pouca quantidade destinada ao exterior. Os produtores agora preparam o plantio da safra, que começará a ser colhida -e beneficiada com a isenção do ICMS- só no ano que vem.
Os exportadores festejam a desoneração, mas insistem que querem mais, como as privatizações de portos.

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