São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 1996
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Artistas fazem exposição para preservar a ararinha azul

Obras serão vendidas durante evento; ave está em extinção

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Começa hoje no MAM (Museu de Arte Moderna da Bahia), em Salvador, uma exposição inédita que reúne trabalhos inspirados na ararinha azul -ave ameaçada de extinção.
Participam do evento cerca de 34 artistas plásticos da Bahia, São Paulo e Goiás.
As obras serão vendidas por meio de uma espécie de leilão, que vai durar todo o tempo da exposição. Os recursos serão investidos na recuperação do teatro Raul Coelho, localizado em Curaçá (593 km a noroeste de Salvador), cidade onde vive a única espécime da ave fora de cativeiro no mundo.
"A idéia é transformar o teatro em um centro de cultura ambiental", afirmou o biólogo Marcos da Ré, coordenador do projeto de preservação da ararinha azul em Curaçá.
Cada peça exposta custará no mínimo R$ 500.
Quem quiser adquirir alguma obra deve anotar em um livro seu nome e o valor que está disposto a pagar por ela. Ao final da exposição, leva a obra quem fizer a maior oferta.
Conhecida cientificamente como Cyanopsitta spixii, a ararinha azul foi descoberta em 1819, durante a expedição de naturalistas alemães ao Nordeste do Brasil.
Além da espécime que vive em Curaçá, existem outras 40 pelo mundo em cativeiro.
Entre os artistas que participam da exposição do Museu de Arte Moderna baiano estão Siron Franco, Aldemir Martins, Flávia Stocco, Rubens Matuck, Bel Borba, Carlos Bastos e Fernando Coelho.
A exposição vai até o dia 20 de outubro.

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