São Paulo, sábado, 28 de setembro de 1996 |
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'Medida foi feita no BC'
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O procurador jurídico do Banco Central, José Coelho, afirmou ontem que a alteração nas regras das intervenções em bancos não permite a prorrogação da intervenção no Banespa.Coelho recusou-se a comentar, porém, se as novas regras podem ser aplicadas nos bancos hoje em negociação com o BC, como o Bamerindus. "Não falo sobre casos específicos", disse o procurador, que concedeu entrevista após a confusão envolvendo a mudança de agenda do presidente do BC, Gustavo Loyola. A entrevista tinha o objetivo de explicar as novas regras das intervenções, incluídas na reedição da MP que, em novembro de 95, permitiu ao BC mudar o controle acionário de bancos mal administrados. Anteontem, quando a nova versão da MP foi divulgada pelo Palácio do Planalto, o BC não se pronunciou sobre a medida. Técnicos do BC ouvidos pela Folha disseram não terem sido consultados sobre as mudanças -que teriam sido decididas pela área jurídica do Ministério da Fazenda. A primeira frase de Coelho na entrevista de ontem teve o objetivo de negar que a MP tivesse sido elaborada fora do BC. "O texto dessa MP foi feito no BC. Se tiver algum erro, é meu", disse. Perguntado se a Fazenda teria participado, disse que "a questão da paternidade não cabe discutir vírgula por vírgula". Texto Anterior: Tensão no BC Próximo Texto: Justiça quebra sigilo no caso da pasta rosa Índice |
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