São Paulo, sábado, 28 de setembro de 1996
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Tensão no BC

Quinta-feira
18h30 - O presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, vai ao STF (Supremo Tribunal Federal). Não dá entrevista, e seguranças afastam jornalistas
20h - Palácio do Planalto divulga MP (medida provisória) que permite ao BC manter em funcionamento bancos que, pela legislação anterior, deveriam ser liquidados
21h - BC se cala sobre a MP. Técnicos do BC afirmam não terem sido ouvidos sobre a medida

Sexta-feira
10h - A assessoria do BC convoca jornalistas "com urgência" para uma entrevista de Loyola, que deveria estar em São Paulo, de onde viajaria para os EUA. Segundo a assessoria, a entrevista seria sobre uma coisa que poderia "ou não acontecer"
10h45 - Em vez de conceder a entrevista, Loyola se reúne com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio da Alvorada (residência oficial)
11h30 - Loyola deixa o Alvorada e vai ao BC
12h20 - Reynaldo Ferreira, assessor do BC, anuncia que não haverá entrevista de Loyola e diz que o presidente do BC não está demissionário. Segundo a versão do BC, Loyola teria sido chamado ao Alvorada para expor a FHC os temas da reunião conjunta FMI/Banco Mundial, em Washington.
12h30 - Assessoria de FHC afirma que Loyola não pediu demissão.
13h15 - José Coelho, procurador jurídico do BC, dá entrevista coletiva afirmando que as novas regras para intervenções em bancos foram redigidas por ele. Diz que a MP não altera o caso Banespa e recusa-se a comentar o caso Bamerindus
14h15 - Reynaldo Ferreira afirma que Loyola já está em São Paulo
14h30 - FHC diz, por meio da subsecretária de imprensa, Ana Tavares, que Loyola está "firme como uma rocha" no cargo

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