São Paulo, sábado, 28 de setembro de 1996 |
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Economista defende gestão privada do FGTS
ARTHUR PEREIRA FILHO
A avaliação é do economista Paulo Rabello de Castro, diretor da RC Consultores Associados e vice-presidente do Instituto Atlântico. "Se os recursos depositados nas contas do FGTS nos últimos 30 anos tivessem sido corrigidos pelo IGP-M, mais juros de 6% ao ano, já teríamos um patrimônio de cerca de US$ 150 bilhões", diz Rabello. Segundo o economista, que participou ontem de painel de debates durante o 8º Congresso Nacional dos Executivos de Finanças, no Guarujá (SP), "essa é uma prova de que o governo é um péssimo gestor". Rabello defende a transferência dos depósitos do FGTS para a gestão privada. Para ele, esse novo fluxo de recursos aumentaria a poupança interna e geraria novos investimentos. "A poupança externa é que financia hoje o país. Mas o Brasil somente pode crescer com base na poupança de milhões de poupadores", diz. Rabello diz que a atual taxa de investimento é insuficiente para gerar crescimento superior a 2% sem gerar inflação. "O país precisa crescer 8% somente para aumentar em 3% o nível de emprego", afirma. Para o deputado federal Delfim Netto (PPB-SP), o PIB (Produto Interno Bruto) precisa crescer 6% ao ano apenas para absorver o aumento da força de trabalho. Para Delfim, que também participou do debate, promovido pelo Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), o crescimento da economia nesse nível somente não ocorre por "restrições externas". Segundo ele, o governo precisa "colocar o câmbio e os juros na posição correta". Ele diz que as exportações precisam crescer entre 12% e 14% para que a economia cresça 6% ao ano. Texto Anterior: Livro analisa o surgimento e o atual papel das marcas Próximo Texto: Paoli passa a ser o consultor da Iochpe Índice |
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