São Paulo, sábado, 28 de setembro de 1996 |
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BC corrige minibanda; Bolsas têm queda
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
Boatos -desmentidos- sobre a saída do presidente do Banco Central (BC) não chegaram a ser levados em conta pelos mercados. A queda da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) foi atribuída a realizações de lucro. O mercado acredita que o BC tenha realizado ontem a penúltima correção do mês na minibanda. Para segunda-feira, é quase certa nova correção. Resta saber de quanto. No início das operações, o BC realizou leilão de "spread", corrigindo a faixa de flutuação do dólar comercial em 0,05%. O piso da cotação do comercial passou a R$ 1,0205 e o teto, a R$ 1,0255. A expectativa é que a autoridade monetária aplique outro ajuste de 0,05%, na segunda-feira, o que elevaria o acumulado do mês a 0,50% -coincidindo com a desvalorização projetada pelo mercado futuro. Mas não está totalmente descartada a possibilidade de a correção do último dia do mês chegar a 0,10%. Nesse caso, ganharia quem está "comprado" no mercado futuro de taxas de câmbio. Existe a remota possibilidade de nem sequer haver ajuste, o que faria os contratos futuros virarem pó. Bolsas O índice Bovespa recuou 1,17% ontem (a maior queda do mês), ficando em 64.588 pontos. O volume financeiro da Bolsa paulista foi de R$ 279,1 milhões. Na semana, o índice registra queda de 1,9%, mas ainda acumula alta de 3,1% no mês. As realizações de lucro com ações da Telebrás contribuíram para a queda da Bovespa. As ações preferenciais da estatal recuaram 1,7% ontem, fechando a R$ 80,60 o lote de mil ações. No mês, Telebrás PN acumula valorização de 6,7%. Os juros estiveram pressionados ontem no mercado à vista de dinheiro. A taxa Selic-over chegou a 2,70% durante o dia. O motivo teria sido a necessidade de ajustes de posições de alguns bancos. Mas esse movimento não altera em nada a projeção de 1,90% de taxa efetiva para o mês. Texto Anterior: Objetivo é explicitar origem brasileira Índice |
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