São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996
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Cetesb quer férias de inverno mais longas

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre as alterações que a Cetesb estuda para um eventual rodízio no próximo ano está a mudança do calendário escolar, com férias de inverno mais longas e férias de verão mais curtas.
Isso tiraria mais veículos de circulação durante o inverno, estação do ano em que as condições atmosféricas são mais críticas.
Segundo o diretor de engenharia ambiental da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), Alfred Szwarc, a idéia foi bem recebida por representantes de escolas consultados.
Em outubro, a Cetesb deve iniciar reuniões com outros órgãos e representantes da sociedade para avaliar possíveis mudanças na operação para o próximo ano.
Outra alteração em estudo é um "rodízio do rodízio", variando-se a combinação entre o dia da semana e o número de placa proibido.
No rodízio deste ano, os carros cujas placas terminavam por 9 ou 0 não podiam circular às sextas-feiras, prejudicando as famílias que queriam viajar nos finais de semana.
A Cetesb fez um balanço positivo do rodízio, segundo Szwarc. Não apenas a qualidade do ar foi melhor do que teria sido sem ele, mas houve outros benefícios, como melhoria do trânsito e economia de combustível.
A realização da operação no próximo ano ainda depende da aprovação da Assembléia Legislativa. A votação anterior só foi válida para este ano, devido a uma emenda no projeto incluída pelo PT.
Índice único
Claudio Alonso, gerente do Departamento de Qualidade Ambiental da Cetesb, considera que o rodízio só não foi mais "popular" porque o poluente atacado -o monóxido de carbono- é invisível e inodoro.
"Se o monóxido de carbono fosse amarelo, todo mundo acharia o rodízio legal", disse.
O diretor-presidente da Cetesb, Nelson Nefussi, rejeitou a idéia da criação de um índice geral de poluição da cidade para facilitar a compreensão do público.
Um índice desse tipo é adotado na França, onde o Airparif, órgão que mede a qualidade do ar em Paris, divulga diariamente um número único, de um ("excelente") a dez ("execrável"). Para Nefussi, essa idéia não teria valor estatístico.

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