São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996
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Maluf abre ponte inacabada na marginal

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo inaugurou ontem, ainda incompleta, a Ponte Júlio de Mesquita Neto, na marginal do Tietê (zona norte).
Quatro alças, que facilitarão o acesso à marginal e vias locais, só vão ser construídas depois de uma disputa judicial sobre o valor das desapropriações na região.
No local onde o projeto prevê a construção do acesso direto da avenida Marquês de São Vicente à marginal, no sentido Penha, há uma empresa de transportes.
Segundo o prefeito Paulo Maluf, a empresa está querendo um valor muito alto pela desapropriação.
"Essa alça não vale mais do que R$ 3 milhões, mas os avaliadores da Justiça estipularam o valor de R$ 10 milhões. Vamos discutir até conseguirmos a emissão por um preço justo", disse Maluf.
Para o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Gilberto Lehfeld, a falta das alças não compromete a ponte.
"Ela vai redistribuir o volume excessivo das pontes vizinhas (do Limão e da Freguesia do Ó), desobrigando a CET a fazer a operação de faixa reversível todas as manhãs", afirmou.
A operação feita em algumas pontes da Marginal do Tietê consiste na divisão das pistas para adequar à demanda de tráfego.
Por exemplo, nos horários em que o volume de veículos no sentido bairro-centro é maior, uma das pistas da faixa contrária é separada com cones de plástico e destinada aos motoristas que estão se dirigindo ao centro da cidade.
Segundo Lehfeld, a previsão dos técnicos é que a nova ponte receba cerca de 35 mil veículos por dia.
A ponte tem 261,5 metros de extensão e custou cerca de R$ 13,2 milhões aos cofres públicos.
Segundo a PM, 3,5 mil pessoas assistiram ao show das bandas Katinguelê e Negritude Júnior, que se apresentaram na inauguração.

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