São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996
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Brasileiro está apto para a globalização

Collins analisa executivos

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os executivos brasileiros estão bem-preparados para enfrentar as mudanças que estão acontecendo na economia do país e no dia-a-dia das empresas, com a abertura comercial e a globalização.
Eles aprenderam como administrar empresas durante décadas de incertezas econômica e política.
Por isso, estão melhor treinados do que homens de negócios de outros países a gerenciar suas empresas em épocas de grandes mudanças, com a abertura comercial e o processo de globalização.
Essa é a opinião do especialista em administração James C. Collins, 37, professor da Universidade de Stanford, nos EUA.
Ele escreveu (com Jerry Porras) um best seller de administração, "Feitas para Durar", livro que retrata casos de 18 empresas, cujos desempenhos têm sido muito melhores do que a média dos seus setores econômicos, nas últimas décadas.
Essas empresas obtiveram resultados excepcionais porque seriam, na opinião dos autores, "visionárias", na medida em que lideram seus nichos de mercado por décadas, e seus sucessos não estariam baseados em uma única liderança ou em apenas uma "grande idéia".
Collins, que vai fazer uma palestra no Brasil em outubro, convidado pela empresa HSM, disse à Folha, por telefone, que tem estudado exemplos de empresas brasileiras que poderiam ser classificadas como visionárias, como o Banco Garantia, a Companhia Vale do Rio Doce e o grupo Odebrecht.
Ele acha que essas empresas têm muitas semelhanças entre si, a começar pelo fato de terem uma cultura interna de busca da liderança nos mercados em que atuam. Para ele, as três companhias são um exemplo de como os executivos brasileiros conseguem administrar bem em situações de incerteza.
A abertura do mercado brasileiro não precisa, além disso, ser uma ameaça às empresas familiares. Segundo ele, há vários exemplos de companhias familiares de sucesso.

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