São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996 |
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Performances do projeto usam música, dança e cinema
IRINEU FRANCO PERPETUO
Ao todo, são quatro trabalhos, criados por Laura Lima, Rodrigo Saad, Marcelo Gabriel e grupo O Grivo. As duas últimas tiveram apresentação única ontem, enquanto as outras ainda vão acontecer nos domingos remanescentes do evento. Laura Lima é a única que não participa fisicamente da performance. Para pular corda em uma banheira de 15 cm de profundidade, repleta de gelatina vermelha, ela escalou Natashe Collina, 8. A apresentação levou 15 minutos na estréia, mas não tem duração pré-determinada. "Dura o tempo que a menina quiser", diz Lima. "A idéia é um moto contínuo, sem começo e sem fim, no qual se perca a noção de tempo." Até a camisola branca usada por Collina, que vai se sujando de gelatina ao longo da performance, tem significado especial: é o traje da noite de núpcias da mãe da artista. Além de Laura Lima, outra atração faz sua performance fora do auditório: é Rodrigo Saad, conhecido como Cabelo. Bem ao lado da banheira de gelatina, ele coloca um aquário e seis cadeiras. Em cada cadeira, fica sentada uma pessoa, vestindo um capuz negro. O artista liga os capuzes ao aquário por meio de linhas, simulando uma pescaria. Marcelo Gabriel é dançarino performático. Sua apresentação, de 25 minutos, inclui ativa participação do público. O artista chega a rolar no meio da platéia, causando gritos de susto e risos. Já o grupo mineiro O Grivo mescla música e cinema. Durante 50 minutos, O Grivo toca, enquanto, em um telão, são exibidos cinco filmes dos primórdios da história do cinema, incluindo um do dadaísta francês Marcel Duchamp. Texto Anterior: Mostra recebe 7.000 pessoas em seu 1º dia Próximo Texto: Curadores conversam com o público no Bate-Papo Online Índice |
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