São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996
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Túnel polêmico é reaberto, mas atrai poucos turistas

IGOR GIELOW
DO ENVIADO ESPECIAL

O túnel hasmoneu, pivô dos recentes conflitos entre palestinos e israelenses, foi reaberto ontem sob forte segurança.
Os turistas, motivo dado pelo governo de Israel para abrir uma extensão do túnel que desemboca no quarteirão muçulmano da Cidade Velha de Jerusalém, não se interessaram pelo local.
O motivo: dezenas de policiais israelenses, armas em punho, fazendo a segurança das ruas adjacentes à saída do túnel.
Junto a eles, outras dezenas de jornalistas atrás de alguma revolta de palestinos.
Para uma turista de João Pessoa (PB), Maria do Carmo, o túnel "não valeria a pena" de enfrentar a multidão de repórteres, fotógrafos e militares.
Já um jornalista tcheco, Pavel, decepcionou-se. "Tanta confusão só por causa disso?"
A reabertura ocorreu ontem pela manhã, para comemorações religiosas. Rabinos participaram de orações no túnel.
Por volta das 12h, poucos turistas estavam lá. A Folha fez a travessia, que é difícil, pois, em alguns pontos, há andaimes que reduzem a altura. Leva cerca de dez minutos, com paradas para ver as paredes antigas.
A saída tem cerca de 2 m de altura. Há um portão de ferro no fim, quando o visitante alcança o Monastério da Flagelação, onde Jesus Cristo foi condenado e flagelado, segundo a tradição.
O túnel hasmoneu mede 488 m e tem sua entrada ao lado do Muro das Lamentações. Ele foi feito entre 142 a.C. e 63 a.C..
(IG)

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