São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Previdência liquida fundo Previ-Banerj

Instituição teve déficit em 1995

DAS SUCURSAIS DE BRASÍLIA E RIO

O Ministério da Previdência Social decreta hoje a liquidação extrajudicial do Previ-Banerj, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Estado do Rio de Janeiro.
O fundo continua funcionando normalmente. A medida será adotada porque na semana passada o Banco Central decretou a liquidação da instituição financeira que patrocina o fundo -não confundir com o Banerj S/A, que será privatizado pelo governo fluminense.
"A liquidação da patrocinadora nos levou a adotar essa medida", disse a secretária-adjunta da Secretaria de Previdência Complementar do ministério, Mônica Messemberg.
O nome do liquidante seria escolhido ainda ontem à noite pelo ministro da Previdência Social, Reinhold Stephanes. Sua primeira função será realizar o levantamento da situação do fundo.
O Previ-Banerj tem aproximadamente 7.000 participantes. Em 1995, o fundo teve um déficit de R$ 500 milhões, mas não está com problemas de caixa atualmente, segundo informou Mônica.
Intervenção
O presidente da Previ-Banerj, Luciano Tadeu de Moura, disse que a intervenção da SPC (Secretaria de Previdência Complementar) propiciou "um salto de qualidade" no problema do fundo de pensão dos empregados do Banerj.
"A negociação saiu da esfera estadual para a federal. O Estado estava intransigente", disse. Para Moura, essa mudança tende a reforçar a ação judicial que a Previ está movendo para que o Banerj pague seu déficit atuarial com ela.
"A função da Secretaria é preservar o direito do associado", disse Moura, que espera que a SPC mantenha a ação: "O interventor deve manter e até intensificar a cobrança a quem deve à fundação".
No balanço de 31 de dezembro de 95, o Banerj devia R$ 478 milhões à Previ. Segundo Luciano de Moura, essa valor cresceu para R$ 686 milhões em 30 de junho de 96 e pode chegar a R$ 1,3 bilhão se o banco deixar de patrocinar a fundação.

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