São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997 |
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Agentes percorrem cemitérios
AURELIANO BIANCARELLI
Todos os meses, supervisores do programa percorrem os cemitérios da cidade checando quem morreu, porque morreu e onde morava. É um caminho na contramão da vida, mas que pode levar à descoberta de falhas nos serviços de saúde ou detectar doenças em determinadas áreas. Outro grupo de supervisores, todas as semanas, percorre os hospitais da cidade checando o prontuário das mães e dos bebês. Se a criança nasceu abaixo do peso, ou se a mãe for adolescente, de baixa escolaridade ou não tiver companheiro, vai ser enquadrada no programa. Sua casa passará então a ser visitada por um agente de saúde. "Esperar a notificação da maternidade pode ser tarde demais para a criança. Muitas vezes chegávamos na casa e ela já tinha morrido", diz Maria Helena Alencar de Andrade, do departamento de assistência à saúde da Secretaria de Saúde de Fortaleza. A capital ainda não tem o Programa Saúde da Família. Sua rede de agentes comunitários começou a ser montada em 95. Roseli Silva Gomes, 46, moradora do bairro de São Miguel, é uma das agentes. Ela visita 300 das famílias da área onde estão 206 crianças de até dois anos e 30 gestantes. Roseli trabalha de segunda a sexta, e no domingo visita as crianças de maior risco. (AB) Texto Anterior: Cidade que aderir a programa terá incentivo Próximo Texto: Programa surgiu em Cuba Índice |
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