São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Guerrinha se despede

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Seis vezes campeão brasileiro. O armador Jorge Guerra, o Guerrinha, 37, é o segundo jogador mais idoso do Brasileiro. Só perde para Oscar Schmidt, 38, do Corinthians-Amway.
Guerrinha está se despedindo da carreira de jogador neste Brasileiro. Em Franca, onde sempre jogou -apenas uma temporada atuou pelo Monte Líbano, em São Paulo- conseguiu as marcas recordes de 1.236 jogos por uma mesma equipe e mais de 13 mil pontos.
Pela seleção, jogou em duas Olimpíadas (88 e 92) e Mundiais (86 e 90). Agora, atua no Polti. (EA)
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Folha - Este é o último Brasileiro de sua carreira?
Guerrinha - Contando a Liga B, no ano passado, são 22 participações desde 75. Dentro do que projetei é o campeonato da despedida.
Folha - Vai se afastar definitivamente do basquete?
Guerrinha - De jeito nenhum. Já atuo como gerente esportivo e posso me tornar técnico. Tenho uma clínica de basquete em Franca e vou usar profissionalmente tudo o que aprendi.
Folha - O que você gostaria de ver no Brasileiro antes da sua aposentadoria?
Guerrinha - Uma boa estrutura, com 12 times fortes, sem que tenham necessidade de estar sempre atrás de patrocinadores.
Na nossa equipe, desenvolvemos um trabalho com participação total dos jogadores, que opinam. Hoje (ontem) discutimos regulamento e multas. Se o jogador brigar, por exemplo, ele vai ter de assumir as multas.
Folha - O torneio evoluiu?
Guerrinha - O atual campeonato é uma evolução muito grande. Ainda não é o ideal. Creio que a CBB deveria centralizar mais recursos possíveis -prêmios, verba de TV, merchandising- e jogar para os clubes, como na NBA.

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