São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Perspectiva 97

EDUARDO OHATA

Evander Holyfield, supostamente acabado como lutador, surpreendeu a todos com a vitória sobre Mike Tyson.
Riddick Bowe era considerado o melhor pesado do mundo. Até vencer, sem convencer, Andrew Golota por desqualificação.
Oscar De La Hoya não se intimidou diante de seu ídolo, Júlio Cesar Chávez. Precisou de apenas cinco assaltos para vencer o favorito dos torcedores. O jovem Marco Antonio Barrera era tido como o sucessor de Chávez. O americano Junior Jones não se impressionou com a fama do adversário: nocauteou o mexicano em cinco assaltos.
Se as zebras dominaram o ano que passou, o tema de 97 será o "caminho de volta". Neste ano, Tyson, Chávez, Bowe, Barrera e Sugar Ray Leonard, que retorna aos ringues, tentarão superar idade, problemas pessoais e inatividade. Tudo para mostrar que podem dar a volta por cima.
A revanche entre Tyson e Holyfield, sem dúvida alguma, será o a mais lucrativo combate de todos os tempos.
Para Tyson, será a chance de provar que não é apenas um "valentão", capaz de surrar impiedosamente vítimas amedrontadas, mas que "amarela" ao menor sinal de reação.
Para ter sucesso na sua volta, entretanto, Tyson precisa fazer algumas mudanças.
"Iron" Mike vem decaindo desde 88, quando demitiu o técnico Kevin Rooney. Seu atual treinador, Jay Bright, é o mesmo que esteve com Tyson na derrota para James "Buster" Douglas, no Japão. É preciso dizer mais alguma coisa? Chávez também quer voltar, preferencialmente em grande estilo. O público, especialmente o latino, ainda o idolatra.
Mas, para tornar a vencer numa divisão habitada por De La Hoya, Frankie Randall, que também o derrotou, e o perigoso Kostya Tszyu, Chávez precisará de alguma sorte. Aliás, Tyson, Bowe, Barrera e Leonard também.

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