São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Nambiquara caem no conto da madeira

FABRIZIO RIGOUT
DA REDAÇÃO

A floresta dos nambiquara vem sendo derrubada por comerciantes de madeira. Eles invadem a reserva dos índios à noite e roubam árvores enormes para depois vender.
O mogno, uma madeira escura que serve para fazer móveis de luxo, é a árvore mais procurada.
A exploração do mogno é controlada por lei, além de ser proibida em reservas de índios.
Os nambiquara usam a floresta para caçar, colher e plantar.
Existe um órgão, chamado Funai (Fundação Nacional do Índio), que ajuda a proteger o território dos nambiquara.
Mas os fiscais são poucos e têm dificuldades para localizar os madeireiros, que usam uma técnica especial para conquistar os indígenas.
Eles costumam dar presentes, como enlatados, gasolina e armas, em troca de permissão para cortar madeira.
Só agora, com a destruição de sua floresta, os índios perceberam que entraram numa encrenca.
(FR)

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